Tudo começou com uma campanha de uma agência de viagens em 2005: de acordo com uma fórmula validada por um suposto especialista da Universidade de Cardiff, no País de Gales, a terceira segunda-feira do ano era o dia mais infeliz do ano. Chamaram-lhe 'blue monday', qualquer coisa como 'segunda-feira da tristeza.' O conceito foi criado pelo psicólogo Cliff Arnall que atribuiu o estado depressivo a uma combinação de vários factores na mesma equação, incluindo o estado do tempo, questões financeiras, as resoluções de ano novo e a motivação de cada um.
Mas logo apareceu quem estivesse disposto a desmontar a teoria. Dean Burnett, professor de psiquiatria da Universidade de Cardiff, desmontou rapidamente a teoria: afinal Arnall não tinha ligações permanentes à Universidade (limitou-se a dar umas aulas nocturnas num centro de educação para adultos durante um breve período) e tão pouco havia uma fórmula que justificasse que toda a população mundial se sentisse triste.
"A verdadeira depressão clínica (ao contrário da tristeza pós-Natal) é uma condição muito mais complexa, afectada por muito mais condicionantes crónicas, temporárias, internas e externas. É extremamente improvável que um conjunto de factores deprima uma população inteira ao mesmo tempo todos os anos", escreveu no jornal britânico The Guardian. E bastava avaliar pelo factor meteorologia: se é verdade que no hemisfério Norte, Janeiro é um mês de frio, chuva e neve, no sul do planeta, é uma óptima altura para gozar o verão.
O facto é que, apesar de o próprio autor da tese já ter admitido que ela é insignificante, ela continua a aparecer todos os anos. 2015 não foi excepção.
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